A Polícia Civil realizou na manhã desta segunda-feira (29), a reconstituição do assassinato do publicitário Diogo Costa, ocorrido no dia 16 de junho, na região da Lagoa da Jansen, em São Luís.
A operação aconteceu na rua Frei Antônio, na Ponta d’Areia foi iniciada às 11h17, que segundo a polícia, foi a aproximadamente o horário que o crime ocorreu.
O trabalho foi teve como objetivo entender dinâmica do crime com base nas imagens de videomonitoramento, depoimento de testemunhas e também a confissão de Raimundo Cláudio Diniz, de 43 anos, que foi preso na sexta-feira (26) após se entregar na delegacia. Participaram também da reconstituição a equipe do Instituto de Criminalística (Icrim) e da Superintendência de Homicídios da capital.
Durante a reconstituição, o diretor do Icrim, Robson Mourão destacou a importância da reprodução simulada.
“A reprodução simulada é um exame de alta complexidade. As versões podem ser modificadas com o passar do tempo. Mas a resolução científica não pode ser alterada. Então esse exame busca comprovar cientificamente, se a versão apresentada pelo suspeito é verdadeira ou se há algum elemento adicional na história”.
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Polícia afirma que não houve colisão entre o veículo de Diogo Costa e o autor do crime, Raimundo Cláudio — Foto: Reprodução/TV Mirante
Ainda de acordo com o diretor do Icrim, neste primeiro momento há a conclusão de que não houve a colisão entre os veículos, que segundo ele, é um fator de alta relevância. A suposta agressão por parte de Diogo Costa, também será analisada para verificar a coincidência dos fatos.
“Nesse primeiro momento, nós temos a conclusão de que não houve a colisão (entre os veículos), que é um fator de alta relevância. Temos a posição dos veículos, da vítima, do suposto agressor naquele momento, a topografia da lesão de entrada e saída e análise das manchas de sangue. Ele (Raimundo Cláudio) relata que houve uma agressão por parte do rapaz do carro branco (Diogo Costa) antes do disparo com arma de fogo. Isto está sendo verificado nesse exame”.
De acordo com Robson Mourão, o inquérito tem previsão para ser concluído em até 10 dias, para que se haver uma conclusão. Após a junção das análises, será divulgado um veredito.
“Nós já realizamos vários exames de local, dos veículos e depois fizemos um retrato falado. Isso auxiliou a investigação a chegar nessa pessoa que hoje está preso. Esse retrato falado naquele momento não foi divulgado, justamente para não atrapalhar a investigação. Com as análises de hoje e outras já realizadas, nos próximos dias nós iremos ter a certeza científica se a versão apresentado pelo suspeito é verdadeira ou não”.
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Raimundo Cláudio, suspeito do crime, esteve no local participando da reconstituição — Foto: Reprodução/TV Mirante
Suspeito nega adulteração de placa
Ao advogado de defesa, Raimundo Cláudio Diniz contou que ajudou no roubo do carro, mas não participou da adulteração da placa do veículo. Ele afirmou que conhecia os outros dois homens há pouco tempo e que a arma usada no crime seria de uma dessas pessoas.
A polícia informou que a arma ainda não foi localizada. Novas investigações serão realizadas para determinar, se as outras duas pessoas indicadas pelo suspeito, vão ser indiciadas por participação no homicídio. Até o momento, nenhum mandado de prisão foi expedido contra elas.
Raimundo Cláudio deve ser encaminhado pela tarde para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na zona rural de São Luís, onde deve ficar à disposição da justiça.
Crime na Lagoa da Jansen
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Polícia analisa imagens de câmeras de segurança em investigação da morte do publicitário Diogo Adriano — Foto: Divulgação/Polícia Civil
O publicitário Diogo Adriano Costa Campos, de 41 anos, foi assassinado com um tiro no pescoço no início da tarde de terça-feira (16) após uma discussão de trânsito na Lagoa da Jansen, na capital maranhense.
Horas após o crime, a Polícia Civil identificou o carro usado pelo assassino do publicitário. Segundo a polícia, o tiro contra Diogo Costa partiu de dentro de carro após discussão em condomínio em São Luís.
A polícia chegou a prender uma pessoa suspeita de cometer o crime. Após uma perícia realizada no veículo, ficou constatado que a placa havia sido adulterada e o homem não tinha participação no homicídio. Ele foi inocentado e solto pela polícia.
G1 MA